62-CRUZ OU ESTACA?

15/06/2013 23:42

 

Cruz ou estaca

Yeshua morreu em uma cruz ou estaca
Um dos símbolos mais utilizados na religião é a cruz. The New Encyclopædia Britannica (A Nova Enciclopédia Britânica) chama a cruz de “o principal símbolo da religião cristã”. Num julgamento em tribunal na Grécia, a Igreja Ortodoxa Grega chegou a afirmar que aqueles que rejeitam a "Santa Cruz" não são cristãos.
O instrumento da morte de Jesus é mencionado em textos bíblicos como Mateus 27:32 e 40. Ali, a palavra grega stau·rós é traduzida por “cruz” em várias Bíblias em português, e o costume dos Romanos era a crucificação.
“Encontraram-se diversos objetos, datando de longos períodos anteriores à Era Cristã, marcados com cruzes de feitios diferentes, em quase cada parte do mundo antigo. A 
Índia, a Síria, a Pérsia e o Egito produziram todos inúmeros exemplos, ao passo que em quase toda a parte da Europa se encontraram numerosos casos, datando desde a parte posterior da Idade da Pedra até os tempos cristãos. O uso da cruz como símbolo religioso em tempos pré-cristãos e entre povos não-cristãos provavelmente pode ser considerado como quase universal, e em muitíssimos casos ligava-se a alguma forma de culto da natureza.” — The Encyclopœdia Britannica, 1946, Vol. 6, página 753.
A palavra grega traduzida por cruz em muitas versões modernas da Bíblia ("estaca de tortura" na NM) é stau-rós. No grego clássico, esta palavra significa meramente uma "estaca reta", ou"poste". Mais tarde, veio também a ser usada para uma estaca de execução com uma peça transversal.
The imperial Bible-Divtionary reconhece isso dizendo: "A palavra grega para cruz, [stau.rós], devidamente significa uma estaca, um poste reto, ou pedaço de ripa, em que algo podia ser pendurado, ou que poderia ser usado para estaquear [cercar] um pedaço de terreno.... Até mesmo entre os romanos a crux(da qual se deriva nossa cruz) parece ter sido originalmente um poste reto" - Editado por P.Fairbairn, (londres,1874),Vol.I,p. 376.
O livro The Non-Christian Cross (A Cruz Não-Cristã), de John Denham Parsons, declara: “Não existe uma única sentença em qualquer dos inúmeros escritos que formam o Novo Testamento que, no grego original, forneça sequer evidência indireta no sentido de que o stauros usado no caso de Jesus fosse diferente do stauros comum; muito menos no sentido de que consistisse, não em um só pedaço de madeira, mas em dois pedaços pregados juntos em forma de uma cruz. . . . É um tanto desencaminhante, da parte de nossos mestres, traduzirem a palavra stauros por ‘cruz’ ao verterem os documentos gregos da Igreja para a nossa língua nativa, e apoiarem tal medida por incluírem ‘cruz’ em nossos léxicos como sendo o significado de stauros, sem explicarem cuidadosamente que esse, de qualquer modo, não era o significado primário dessa palavra nos dias dos Apóstolos, que não se tornou seu significado primário senão muito depois disso, e só se tornou tal, se é que se tornou, porque, apesar da falta de evidência corroborativa, presumiu-se, por uma razão ou outra, que o stauros específico em que Jesus foi executado tinha esse determinado formato.” — Londres, 1896, pp. 23, 24.

Concernente aos cristãos do primeiro século, a obra History of the Christian Church diz: "Não se usava o crucifixio e nenhuma representação material da cruz."-(Nova Iorque,1897).J.F.Hurst,Vol.I,P.366. Durante o primeiro século do cristianismo, a cruz era raramente usada na iconografia cristã, uma vez que representa propositadamente um doloroso método de execução pública. O Ichthys, ou símbolo do peixe, era mais utilizado pelos primeiros cristãos.
No entanto, o símbolo da cruz já foi associado aos cristãos no
segundo século, como é indicado nos argumentos anti-cristãos citados por Octavius , capítulos IX e XXIX, escrito no final do mesmo século ou no início do próximo, até o início do terceiro século a cruz tinha-se tornado tão estreitamente associada a Cristo que Clemente de Alexandria, que morreu entre 211 216, usou a ambiguidade da frase τὸ κυριακὸν σημεῖον (o sinal do Senhor) para significar cruz, pois a epístola apócrifa de Barnabé, tem o número 318 (em grego numerais, ΤΙΗ) em Gênesis 14:14 foi interpretada como uma numerologia para cruz (T, na posição vertical) e de Jesus (ΙΗ, as primeiras duas letras do seu nome ΙΗΣΟΥΣ, a posição dos 18), e seu contemporâneo Tertuliano designou os crentes cristãos como crucis religiosi, ou seja "devotos da Cruz."Em seu livro De Corona, escrito em 204, diz Tertuliano diz que já era uma tradição para os cristãos fazer em sua testa o sinal da cruz. Muitos estudiosos consideram que a cruz teria sido adotada pelo cristianismo por seus próprios méritos, devido às suas conotações metafísicas, porém alguns historiadores sugerem que a cruz surgiu originalmente de um símbolo pagão:

A forma da [cruz de duas vigas] teve sua origem na antiga Caldéia e foi usada como símbolo do deus Tamuz (tendo a forma do Tau místico, a letra inicial de seu nome)naquele país e em terras adjacentes no Egito. Por volta dos meados do 3ºséc. A.D, as igrejas ou se haviam apartado ou tinham arrematado certas doutrinas da fé cristã. A fim de aumentar o prestígio do sistema eclesiástico apóstata, aceitavam-se pagãos nas igrejas, à parte de uma regeneração pela fé, e permitia-se-lhes em grande parte reter seus sinais e símbolos pagãos. Assim se adotou o Tau ou T, na sua forma mais frequente, com a peça transversal abaixada um pouco, para representar a cruz de Cristo.

An Expository Dictionary of New Testament Words(Londres,1962),W.E.Vine,p.256

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A Enciclopédia Judaica diz:

A cruz como um símbolo cristão (...) entrou em uso pelo menos no segundo século (ver "apost. Const." Iii. 17; epístola de Barnabé, XI.-xii.; Justin, "Apologia", i . 55-60; "Dial. cum Tryph". 85-97) e à marcação de uma cruz sobre a testa e do tórax foi considerado como um talismã contra os poderes dos demônios (Tertuliano, "De Corona", iii.; Cipriano, "Testemunhos", xi. 21-22; Lactantius, "Divinae Institutiones," iv. 27, e outros). (...)

fonte: Wikipédia

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