14-O ESTADO INTERMEDIÁRIO

08/06/2013 22:12

ESTADO INTERMÉDIARIO DOS MORTOS


DEFINIÇÃO
O estado intermediário é o período que transcorre entre a morte e a ressurreição. As escrituras deixam evidente que os mortos permanecem conscientes, tanto os justos, quanto os ímpios. Para o crente, a ressurreição ocorrerá na vinda de Cristo; para o descrente ela só ocorrerá depois do milênio, no juízo final. No estado intermediário a alma não possui corpo, embora este estado seja de regozijo consciente dos justos e de sofrimento consciente dos ímpios.

Há muitas interrogações com respeito ao estado intermediário. Entretanto, o raciocínio, a fé e as Escrituras nos levam a crer na ressurreição e na sobrevivência da alma depois da morte. Mas o campo da especulação e da investigação é uma porta aberta para várias interpretações sobre esse assunto.

Vamos citar resumidamente o entendimento de algumas religiões, seitas e filosofias, sobre o que acontece após a morte:

1 - MATERIALISMO: O ser humano cessa de existir, uma vez que a substancia material é fundamental e também perecível. Essa é a doutrina do “aniquilamento do ser”.

2 - PANTEÍSMO: A alma volta ao grande “todo” de onde procedeu, perdendo a sua individualidade.

3 - ADVENTISTAS DO SÉTIMO DIA: A alma dorme logo após a morte. Neste caso ela fica inconsciente, num mundo silencioso, onde não há conhecimento e atividade alguma.

4 - TESTEMUNHAS DE JEOVÁ: A teologia jeovista apregoa que a alma humana é o homem vivente e deixa de existir com a morte carnal. O espírito despersonalizado volta para Deus, o corpo vai para o pó e a consciência se esvai. Ou seja, ninguém continua vivo em outro plano espiritual e a única esperança é apenas para os justos, que gozarão a ressurreição.

5 - IGREJA CATÓLICA APOSTÓLICA ROMANA: A alma após a morte vai para um lugar intermediário, onde aguarda o perdão de Deus, em virtude da intercessão dos parentes e amigos vivos. Este lugar intermediário tem algumas designações:

a) Purgatório: “Lugar onde almas detidas recebem alívio com os votos e orações dos fiéis”.

b) Limbus Patrum: Lugar para onde vão as almas dos santos do Antigo Testamento.

c) Limbus Infantum: Lugar para onde vão as almas das crianças que não receberam o batismo da Igreja Católica Romana, isto é, os pagãos.

O ENSINO BÍBLICO SOBRE A VIDA DEPOIS DA MORTE

DOS ÍMPIOS:
No Antigo Testamento, o lugar da vida após a morte para os ímpios, é na grande maioria das vezes, chamado de Sheol, traduzido em algumas Bíblias por “inferno” ou “sepultura”. Também é identificado pela palavra “abaddon”, o lugar de destruição ou perdição.

Algumas seitas, como as Testemunhas de Jeová, os Adventistas do Sétimo Dia e os espíritas Kardecistas, bem como alguns autores cristãos, defendem a idéia de que a palavra Sheol significa “sepultura”.

Quando os escritores do Novo Testamento fizeram alusão a algum texto do Antigo Testamento que especificamente fale de Sheol, traduzem para a palavra grega Hades. Isto começou com a versão Septuaginta, onde a palavra hebraica Sheol, foi traduzida para o grego Hades. O termo em hebraico para o estado final de perdição ou “lago de fogo” era gehenna, adequadamente traduzida como “inferno” (Mc 9.43). Já que os injustos não vão para a perdição final até o julgamento do grande trono branco (Ap 20.11-15), quando serão lançados no lago de fogo, a palavra inferno não deveria ser usada para descrever o estado intermediário dos pecadores mortos. Até onde sabemos ninguém se encontra atualmente no inferno, os perversos estão agora no Hades, aguardando a ressurreição do juízo. O Hades, porém é um lugar de sofrimento, como vemos no relato do rico e Lázaro (Lc16. 23).

DOS JUSTOS:
O lugar intermediário dos justos é chamado de “paraíso”. Jesus disse ao ladrão na cruz: “hoje estarás comigo no paraíso” (Lc 23.43). Quando os justos morrem vão imediatamente para a presença de Cristo Jesus. Paulo falou: “Mas de ambos os lados estou em aperto, tendo desejo de partir, e estar com Cristo, porque isto é ainda muito melhor (Fp 1.23). A esperança de ir imediatamente para a presença do Senhor ao morrer é confirmada pelas palavras do apóstolo Paulo aos coríntios: “Mas temos confiança e desejamos antes deixar este corpo, para habitar com o Senhor” (II Co 5.8).

Quando Lázaro morreu, ele foi imediatamente para o “seio de Abraão”, nome dado pelos judeus à morada dos mortos fiéis. Lázaro estava consciente e consolado. O homem rico queria que Abraão enviasse Lázaro para pregar à seus irmãos vivos. Isto deixa bem claro que ambos estavam com a consciência trabalhando ativamente. Nossa maior esperança é quando morrermos estarmos eternamente com Jesus, como disse o apóstolo Paulo em I Ts 5.9-11.

Os escritores inspirados também escreveram sobre a habitação do justo:

 “Para o sábio, o caminho da vida é para cima, para que ele se desvie do inferno que está embaixo” (Provérbios 15.24).

E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também” (João 14:3).

PORQUE sabemos que, se a nossa casa terrestre deste Tabernáculo se desfizer, temos de Deus um edifício, uma casa não feita por mãos, eterna, nos céus. E por isso também gememos, desejando ser revestidos da nossa habitação, que é do céu” (2 Coríntios 5.1-2).

Mas de ambos os lados estou em aperto, tendo desejo de partir, e estar com Cristo, porque isto é ainda muito melhor” (Filipenses 1:23).

Portanto o destino da vida eterna, com Deus ou sem Deus, é decidido em vida, e nessa vida, porque não existe reencarnação ou pagamento de pecados através da intercessão de parentes vivos. Como diz o escritor aos Hebreus “E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo” (Hb 9.11). Quem morre hoje com Cristo vai direto para o paraíso e sem Cristo, para o Hades, lugar de sofrimento.

A escolha está em aceitar Jesus como nosso único e suficiente Salvador. Após está aceitação e caminhada com Cristo sem nos desviarmos de seus mandamentos, chegaremos sem dúvida a eternidade com Deus.

Ao Senhor Deus e só ao Senhor, toda glória, para sempre. Amém!

-------------------------------------------------------------------------------------------------------

J. DIAS

FONTES:

  • Revista Educação Cristã
  • Módulo de Teologia da FTB - Editora Betesda
  • Fundamento da Teologia Pentecostal, Guy P Duffield - Nathaniel M. Van Cleane - Editora Quadrangular

www.santovivo.net